[...] Chego na parada, lá está ele, pronto para partir, mas consegui pegar. Entro no Sinoscap, paro em frente a roleta, até achar meu BEM. Achei. Passei. Sento no banco, coloco meu fone, e escolho a musica. Pego meu livro, recomendado por um amigo, e começo a ler (sim eu consigo ler escutando musica). Dentro de alguns segundos, meus olhos fixos no livro, porem nada entrava em minha mente, minha musica tocando, porem eu nem escutando estava. Me peguei pensando na pergunta que poucos minutos atrás, me fizeram. Fiquei pensando, o porquê daquela pergunta, tão assim de repente. Dias atrás a mesma pessoa me fez uma pergunta, seguindo por comentários, pelos quais até hoje não entendi o porquê daquilo tudo, tão assim. Mas esqueci. E hoje, do nada, surge outra pergunta, mais confusa ainda.
O ônibus andando, eu com os fones e o livro, mas nada daquilo chamava atenção do meu pensamento. Pois a única coisa pela qual eu pensava era aquela boca, me fazendo aquelas perguntas. Até que me deparo com uma cena, nada agradável, Graças a Deus e ao motorista nada simpático, o ônibus estava acelerado, então, passou hiper rápido. Tentei me concentrar no livro, mas nada! Quando menos espero, já estava perto da minha rua. Eu não li nada, muito menos sabia a musica que estava no play do meu celular. Fechei o livro, guardei na bolsa, e assim fiz o mesmo com o celular.
Minha rua, finalmente. Me preparando para descer, e percebo que uma parada antes da minha, entra ele no ônibus. Foi ele entrar, e eu levantar para sair. No momento em que levantei ele sentou no mesmo lugar onde eu estava, mas antes de sentar, me olhou nos olhos e disse um ''Oi'' com aquele sorriso encantador. Retornei. Desci, entrei no portão, estava lá, minha prima conversando com minha mãe. Mas já estava de saída. Entrei, em casa, sentei na mesa para comer algo. Meu pai começou a conversar comigo, porem novamente eu estava desligada do mundo, perdida ainda no meu pensamento, sobre a tal pergunta. E se duvidar, ainda me encontro assim.
/m.hartwig
